top of page
Buscar

E se a gente começasse de novo?

  • Foto do escritor: jessica rocha
    jessica rocha
  • 30 de nov. de 2023
  • 2 min de leitura

As campanhas eleitorais não deveriam ser tratadas como condição para ocupar um cargo. o político não é aquele que pleiteia um emprego. claro, é isso tbm, mas é muito mais, isso é o final, onde estão nossas bases?

Um político é, ou ao menos penso que deveria ser alguém que tem ideias, alguém que vê toda uma perspectiva que ninguém ta olhando. Deve ser indignado com a realidade a ponto de querer fazer algo a respeito. Não quer dizer suas propostas, elas precisam sair de sua boca para que ele não morra sufocado.

Vai naturalmente atrair pessoas que acreditam no que diz, que vão se indignar tbm e indignar outras pessoas até que não haja outra alternativa que não seja tentar mudar a realidade em que vivem.

Não existe a ideia de ganhar ou perder, ele tem um ideal, ele o defende, ele não sossegará até que consiga uma oportunidade. Não perde o propósito quando as eleições acabam, só ganha mais tempo pra pensar sobre ele. é obstinado. obcecado.

O cargo político é o lugar em que essa pessoa vai chegar e ter a oportunidade de fazer a diferença.

o processo eleitoral é lindo, é poético

o que fizemos com ele?

A impressão que tenho é de que está nos faltando introdução, sabe? aquele primeiro capítulo do livro, que as pessoas pulam pra ir logo onde interessa. Aquela primeira matéria da faculdade, quando estamos tão afoitos com a visão de nós mesmos já exercendo a profissão que as disciplinas introdutórias tornam-se um martírio, uma sensação de “quando vamos aprender de verdade?”.

Intuo que após décadas fazendo isso em massa, estamos todos aqui, agora, sem entender porquê.

Perdidos, não sabemos porque fazemos o que fazemos, perdemos as bases.

Não aprendemos os princípios, achamos que não eram importantes, ou pouco aplicáveis na vida cotidiana.

Estamos apenas replicando comportamentos como se fosse impossível questionar.

Não sabemos porque fazemos, nem ao menos nos perguntamos.

Não nos perguntamos porque no fundo sabemos que não sabemos, ou porque achamos que sabemos demais pra perguntar?

“chegamos até aqui sem saber, é tarde demais pra admitir, sorria e acene”

e a vida passa…

Não sei, eu to cheia de perguntas…

Meu palpite é que pra seguir, primeiro vai ser preciso voltar, folhear a introdução como quem cheira um livro novo.








 
 
 

Comentários

Avaliado com 0 de 5 estrelas.
Ainda sem avaliações

Adicione uma avaliação
bottom of page