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Resgatar a si mesma

  • Foto do escritor: jessica rocha
    jessica rocha
  • 5 de jan. de 2023
  • 2 min de leitura

Atualizado: 30 de nov. de 2023

Nas vezes que tive problemas eu os resolvi mudando minha forma de encara-lo. É como se eu me colocasse de frente comigo mesma, segurasse meus ombros com força e chacoalhasse dizendo que eu é quem tem que resolver aquilo. Porque sim, muitas vezes eu quis que as coisas se resolvessem sozinhas.

Eu já me senti sozinha no mundo, e por vezes, quando se sente assim, isso pode parecer um sério problema. Pra resolver isso eu precisei fazer as pazes com a solidão e me agradar com a minha própria companhia.

Senti que não tinha saída e chorei como se tudo estivesse desabando sobre minha cabeça. Precisei me encarar de frente e convencer a mim mesma que a saída estava lá, eu só tinha que enxergar. É que nem sempre os caminhos são como imaginamos, e ao ver caminhos tão diferentes, nem sequer pensamos que podemos trilhar por ele. Ficamos paradas, estagnadas bem na frente da passagem, como quem está de frente pra uma parede de concreto, quando percebe que existe saída, a porta se abre bem diante de vc.

Já me senti sufocada, como naqueles sonhos em que se está sendo atacado e por mais grite por socorro, não sai voz alguma e ninguém te vê morrendo. E depois dos gritos mudos angustiantes, percebi que por mais barulho que se faça, no final é de dentro que vem a ajuda. E a tentativa falida de chamar por alguém serve para te dizer que é vc mesma quem deve se salvar.

Eu já me senti ferida pelo comportamento de outras pessoas, e veja bem, aí está algo que não se pode controlar. Vc mal controla o próprio comportamento, como ousa querer controlar outro indivíduo? E aqui tbm, a resposta estava em mim. Eu não precisei mudar o outro, só a maneira como ele me afeta.

Com o tempo eu percebi que o alívio não vem da mudança da situação em si, mas de como eu me vejo nela. Tudo o que eu tive que fazer foi olhar diferente para a mesma situação. Eu continuei sozinha, mas em paz, e isso não é mais um problema, é liberdade. Eu achei o meu caminho quando deixei de focar nas estradas conhecidas que não me cabiam e me permiti andar por outros lugares, e então eu gritei a mim mesma por ajuda, e eu vim, tão rápido quanto eu pude, cuidei das minhas feridas, segurei a minha mão e apenas continuei andando..






 
 
 

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