Só mais um diálogo interno
- jessica rocha
- 18 de dez. de 2023
- 1 min de leitura
As vezes fico sem saber se estou sendo complacente demais comigo. Estou respeitando meu tempo ou garantindo que eu fique na minha zona de conforto? Será que em algum momento saberei responder essa pergunta?
Hoje mais cedo uma de mim dizia à outra "você sabe que não existe um tempo certo". Eu sei? Sim, eu sei. Mas é que as vezes as coisas ficam confusas, o que a gente sabe e o que não sabe ficam muito próximos, difícil distinguir.
A questão é que embora eu diga, escreva e afirme mentalmente que cada um tem seu tempo, as vezes essa coisa toda se perde numa sensação de atraso, insuficiência e inadequação.
"Nós vamos cuidar desses sentimentos" eu também disse a mim mais cedo. Talvez não seja sobre não sentir, mas sobre entender que o sentir não é uma realidade absoluta. Que é importante, uma porta pra nos mostrar partes nossas que ainda não pudemos acessar.
Mas pra isso funiconar é preciso atravessar o sentir. Não nega-lo, olha-lo de frente e perguntar: "de onde isso vem?" "qual ferida interna mal cuidada me inflama até hoje?"
Acessar na maturidade adquirida sabedoria pra identificar que alguns sentimentos que me tomaram até aqui, frutos inconsciente de uma tentativa de sobrevivência, não só não são mais necessários como também não fazem mais sentido.
Cuidar de mim até que eu esteja forte o suficiente pra descansar em meu próprio colo, firme pra ecarar de frente as coisas que me doem.

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