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Um conselho pra mim

  • Foto do escritor: jessica rocha
    jessica rocha
  • 3 de jan. de 2023
  • 1 min de leitura

Atualizado: 30 de nov. de 2023

As vezes você se pega interpretando o papel que lhe foi dado. Não sabe exatamente por quem, ou quando, mas aí, num sopro de sanidade se dá conta de que está deixando de ser vc mesma pra ser o que esperam que vc seja. Te disseram corajosa, ousada, independente, firme e de repente vc não quer ter medo, nem recuar, ou depender, amolecer, como se ter medo te fizesse menos corajosa, como se sua coragem não fosse muito mais genuína pelo fato de temer. Não é consciente, mas não quer largar o personagem. É preciso calma e conhecimento próprio pra olhar pra dentro de si, vasculhar nos cantos e se achar, dizer pra vc mesma : ei, não se perca aí dentro. Permita-se ser você. Custe o que custar, custe quem custar.

Você não tem um roteiro definido e não tem nenhum compromisso com a imagem que criaram pra vc. Desaponte a todos, mas não se perca de vc. Troque os diálogos, inverta os papéis, viva suas fases, seus ciclos, faça como a lua, que num momento está enorme, brilhante, a personagem principal, impressiona a todos, mas antes que se acostumem com isso, ela míngua, ela ainda está lá, com todo seu esplendor, mas agora em outra fase, como se precisasse de um momento só dela, e então ela se reconstrói, fase a fase, até que ressurge exuberante como outrora.





 
 
 

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