Um experiência única
- jessica rocha
- 3 de jan. de 2023
- 2 min de leitura
Atualizado: 30 de nov. de 2023

Outro dia tive o prazer de assistir a um jogo de futebol no maior estádio brasileiro, o maracanã. Não sendo suficientemente bom, um dos times que disputava no dia era o flamengo, que detêm a maior torcida do brasil. Não sou fã de futebol, mas sou apaixonada por esporte, pelo que causa nas vidas de quem gosta, de quem torce e de quem pratica. Ao chegar, atrasada, já sentir a energia, nenhum olhar era voltado pra trás como acontece quando se chega atrasado em grandes reuniões. Todos olhavam apaixonados para o centro, onde acontecia o jogo. Eu, olhava apaixonada a torcida, e as vezes, quando berravam expressões típica eu me lembrava que tinha que olhar pro jogo.
Eu, num grande estádio, em meio a uma grande torcida tive ainda o privilégio de ver um gol rubro-negro. Do gol nada me lembro, não sei quem fez, nem como, nenhum detalhe. Sei que a multidão flamenguista pulava como agua em cima de uma grande autofalante, de um jeito que, ainda que desorganizado, muito bem sintonizado todos numa única voz, comemorando. Encantador.
Durante toda a partida cantavam hinos que eu não conseguia entender direito o que diziam, mas eu dançava. Algumas das expressões eu pude entender muito bem, acredito que não é necessário dizer aqui, mas digamos apenas que sugeriram muito um lugar onde o juiz deveria tomar alguma coisa, que não disseram. Lembro de pensar “mas pra que essa grosseria, manchando um espetáculo como esse?”
Abstraí e resolvi não me incomodar ou pensar sobre aquilo que é algo quase que inerente ao futebol. Nesse jogo não tinha torcida visitante, então o jogo acontecia apenas para os flamenguistas alí presentes, e talvez alguns infiltrados que não ousariam se manifestar. Fiquei a partida inteira observando as pessoas e tentando decifrar esse sentimento que as une, que faz gritar, chorar e sofrer.
Sei que o tempo passou rápido e mesmo alguns minutos depois de estar fora daquela atmosfera, eu ainda estava extasiada, cantando a musiquinha que sugeria o belo lugar onde a torcida do galo deveria tomar o mesmo que o juiz tomou em outro momento, arrebatada pelo entusiasmo que embora eu esteja tentando descrever aqui, só sentindo pra entender.

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